
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a Confederação Israelita do Brasil (Conib) “distorceu e manipulou” a fala do presidente Lula para acusá-lo de antisemitismo.
Gleisi Hoffmann avalia que, “mais uma vez, a Confederação Israelita do Brasil distorce e manipula declarações do presidente Lula sobre o massacre da população Palestina em Gaza”.
“Lula sempre distinguiu a comunidade judaica do governo de extrema-direita de Israel, que conduz a política de extermínio em Gaza. Dizer a verdade é essencial quando se quer promover a paz”, continuou.
No domingo (1), o presidente Lula declarou que Israel está cometendo um genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza. “O que estamos vendo é um exército altamente militarizado matando mulheres e crianças. Isso não é uma guerra, é um genocídio”, disse.
Para Lula, “a maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. O povo de Israel não quer essa guerra. Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino”.
A Conib, que não vê nenhum genocídio no assassinato de mais de 62 mil civis palestinos em Gaza, falou que quem acusa Israel disso é “antissemita” e busca “ganhos oportunistas”.
“O presidente da República, com suas falas antissemitas, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores”, alegou a Conib.
O grupo disse que Lula “se dedica a deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu, vítima de um terrível e desumano ataque genocida do Hamas”.
A afirmação de Lula foi feita durante o Congresso do PSB, quando também leu a nota do Itamaraty contra o anúncio feito por Israel de que irá construir mais 22 assentamentos na Cisjordânia, território palestino.
Esse anúncio se soma a outros feitos pelo governo de Israel de que pretende “tomar o controle” sobre a Faixa de Gaza. Como destacou Lula, Israel busca impossibilitar a criação do Estado Palestino e impedir a solução de dois estados.