
Volume de serviços varia 0,2% no mês puxado pelo setor de transportes. As outras quatro atividades pesquisadas apresentaram queda, segundo IBGE 4hz20
O volume de serviços no Brasil variou 0,2% em abril de 2025 na comparação com o mês de março. Foi o terceiro resultado positivo do setor que iniciou o ano em queda. De janeiro para cá (-0,5%), o volume de serviços vem desacelerando na comparação com o mês anterior: fevereiro (0,9%), março (0,4%) e abril (0,2%).
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O resultado de abril foi obtido basicamente pela variação de 0,5% da atividade de transportes, única das cinco atividades pesquisadas a apresentar desempenho positivo no mês.
“O setor de transportes acumula alta de 2,8% nos últimos três meses. Esse maior dinamismo vem em consonância com uma safra mais robusta do que no ano ado, impactando na cadeia de transporte de insumos e produtos. No mês de abril, a alta se concentrou no transporte de ageiros, que cresceu 1,8%”, segundo Luiz Almeida, analista da pesquisa.
As demais atividades tiveram resultados negativos. Outros serviços (-2,3%), que registrou a segunda queda consecutiva, teve perda acumulada de 2,6%. Os demais recuos vieram de profissionais, istrativos e complementares (-0,5%), informação e comunicação (-0,2%), e serviços prestados às famílias (-0,1%), com todos eliminando pequenas parcelas de ganhos acumulados em meses recentes.
No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 2,7% em abril de 2025, mostrou desaceleração do ritmo de crescimento quando comparado a março (3,1%).
O desempenho dos serviços em abril, a queda das vendas do comércio varejista no mesmo mês (-0,4%), somados ao baixo desempenho da indústria em abril (0,1%), que registrou uma queda de 1,7% na produção de São Paulo, maior parque industrial do país, e em mais oito regiões das 17 em pesquisa também do IBGE, desenha um cenário de recuo geral da atividade econômica nacional, imposto pelo forte impacto da elevação das taxas de juros (Selic) pelo Banco Central, com o desastroso objetivo declarado de frear a economia.
Na análise regional dos serviços, 18 das 27 unidades da federação registraram crescimento no volume de serviços em abril de 2025, na comparação com março, acompanhando o pequeno crescimento observado no resultado nacional (0,2%).
Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,8%), seguido por Pernambuco (5,3%), Mato Grosso (2,8%) e Minas Gerais (0,6%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) foram responsáveis pelas principais contribuições negativas em abril.
O setor apresentou alta de 1,8% na comparação com abril do ano ado, de 2,2% no acumulado do ano e de 2,7% nos últimos 12 meses.