“É uma política de contenção muito agressiva. Imaginamos que isso vá impactar negativamente os resultados dos investimentos ao longo do segundo semestre”, alerta diretora da entidade q4w38
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou o desempenho do setor em abril, registrando um crescimento nas vendas de 9% sobre o mesmo mês do ano ado e de 4,8% na comparação com o mês de março. A receita líquida de vendas foi de R$ 24,6 bilhões. No acumulado do ano, o setor apresentou alta de 13,4% sobre o mesmo período de janeiro a abril de 2024.
Conforme a Abimaq, o resultado foi favorecido pela “base de comparação mais fraca, mas também pelo desempenho dos segmentos menos sensíveis ao aperto da política monetária”.
“É uma política de contenção muito agressiva. Imaginamos que isso vá impactar negativamente os resultados dos investimentos ao longo do segundo semestre”, enfatizou Cristina Zanella, diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, em coletiva.
O Banco Central mantém a taxa básica de juros (Selic) em níveis elevados (14,75%) com o objetivo de “segurar, frear a economia”, como disse o presidente do BC, Gabriel Galípolo. Para isso, prometeu que os juros continuarão nas alturas “por um período bastante prolongado”.
O mercado doméstico movimentou R$ 18,6 bilhões em abril, um aumento de 14,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 2,8% em relação a março. O desempenho favorável das vendas nos primeiros quatro meses do ano foi puxado pelo mercado doméstico que cresceu 17,1% no período.
As exportações registraram um crescimento de 1,1% sobre março aos US$ 1,04 bilhão, no entanto, sobre abril de 2024 seguiu negativo em 12,9%. De janeiro a abril, as exportações recuaram 7,8% frente ao mesmo período do ano anterior, agravando a queda observada até março (-5,7%).
Por grupos setoriais, cinco dos sete deles registraram melhora em abril, com destaque para máquinas para logística e construção civil e máquinas para bens de consumo (alimentos, bebidas, madeira e ginástica).
As importações recuaram em relação a março (-1,5%), no entanto, confirmando uma tendência de alta, sobre abril de 2024 crescimento das importações foi de 8,5% e no acumulado do ano sobre janeiro e abril de 2024 o incremento foi de 11,8% aos US$ 10,4 bilhões.
